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ACritica.com e agências
Dos 1.348 candidatos que fizeram a primeira fase do Exame da Ordem 2010/3 no Amazonas, apenas 250 foram aprovados. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou o resultado preliminar e os aprovados vão fazer a segunda etapa, composta por uma prova prático-profissional, no dia 27 de março. O exame é obrigatório para bacharéis em Direito que desejam ser advogados.
O número revela que pouco mais de 18% dos inscritos no Amazonas foram aprovados. A reprovação de 80% dos candidatos foi a média na maioria dos Estados brasileiros e considerada normal pela OAB nacional.
A prova de primeira fase, com cem questões objetivas, foi aplicada no dia 13 de fevereiro para 107.044 candidatos inscritos em todo o País. Quem não passou para a segunda etapa tem até a meia-noite (de Brasília) desta segunda-feira (28) para apresentar recurso.
A prova prático-profissional do dia 27 de março está programada para iniciar às 14h (de Brasília) e encerrar às 19h. Nesta etapa, o candidato terá de escrever uma peça profissional e responder a cinco questões, sob a forma de situações-problema, sobre a área em que pretende atuar, conforme informou no momento da inscrição: Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito do Trabalho ou Direito Tributário e do seu correspondente direito processual.
Após o julgamento dos recursos, a relação final de aprovados para a segunda fase deverá sair no dia 16 de março e os locais de prova, no dia 21 de março, no site da OAB ou no da FGV Projetos, que organiza o exame.
No último exame - 2010/2 -, dos 46 mil bacharéis convocados para a segunda fase, 66% foram reprovados. O resultado motivou uma guerra judicial e até o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo pediu uma nova correção das provas.
Pesquisa confirma que comer brócolis, alface ou x-tudo com bacon light; fazer exercício, ser sedentário, ou não levantar falso testemunho; fazer sexo ou não fazer sexo; ser viciado em álcool, drogas ou ser abstêmio; tocar berimbau ou olhar de canto; torcer para o XV de Piracicaba ou forçar a amizade; não dar lugar para idosos ou ficar batucando com os dedos na mesa; ter cacoete ou palitar os dentes; mandar arquivos Power Point de bom-dia em plena segunda-feira ou só reclamar da segunda-feira; coçar muito o saco ou olhar o Orkut da nova namorada do ex desejando que ela morra cozinhando em fogo brando; tunar Chevette e botar Luan Santana na sóca; ser um depressivo virtual ou falar pavê ou pra comê; tomar refrigerante ou recitar Camões arrotando, causa câncer.
Pesquisadora acredita que o desenvolvimento de habilidades científicas é essencial para o ensino e aponta o professor como componente definidor no crescimento do aluno.
Por: Rafael Foltram
Publicado em 22/02/2011 | Atualizado em 22/02/2011
Sala repleta de professores-alunos: programa desenvolvido por educadora israelense afirma que é hora de ensinar o professor – novamente – a ensinar. (foto: Leif/ CC-BY-NC-ND 2.0)
Por ora, esqueça o aluno. Quem realmente precisa aprender é o professor. Ao menos, é o que acredita a educadora e pesquisadora israelense Zahava Scherz, diretora de educação científica do Instituto Weizmann, em Israel.
Ela esteve no Brasil para ministrar uma palestra na Universidade de São Paulo e lecionar em um workshop no colégio judaico Renascença, também na capital paulista.
Em ambos os compromissos, o tema foi o projeto Learning Skills for Science (Habilidades para a Compreensão de Ciências, em português), ou, apenas, LSS. O método de ensino defende um aprendizado de ciência com mais aulas práticas, atividades em grupo, competições e, principalmente, a inclusão do aluno como elemento ativo desse processo.
Com o programa implantado em países como Cingapura, Israel, Inglaterra e Brasil, Scherz afirma com extrema segurança a ideia de que o ensino e o aprendizado devem ser divertidos e prazerosos. Segundo ela, para tudo isso dar certo, o professor deve aprender – novamente – a ensinar ciências.
Leia abaixo a conversa que a CH On-line teve com Scherz no final de janeiro, quando ela esteve em São Paulo.
CH On-line: Como você se interessou pela educação científica e em ensinar professores a ensinar ciência?
Zahava Scherz: Fiz minhas duas primeiras graduações em química e, no começo, trabalhei como professora. Gostava muito disso. Fui professora de química e decidi, depois do meu mestrado, que faria meu PhD em educação de ciência na Universidade Hebraica de Israel.
Fiz isso sempre trabalhando como professora. Quis descobrir como aprender. Depois cursei um pós-doutorado em educação científica e me interessei também pelo uso de computadores.
Entrei no Instituto Weizmann de Ciência e comecei a desenvolver materiais para o currículo das matérias com o LSS. Logo percebi que nada pode acontecer sem os professores. A chave do sucesso e da implantação de novos projetos é o professor. Então grande parte do nosso desenvolvimento no ensino de ciência é baseado em quem dá as aulas.
Deve haver pesquisa do currículo, desenvolvimento do currículo, treinamento do professor e implantação de novas situações. Tudo isso deve ocorrer conjuntamente e um não pode existir sem o outro.
Depois me tornei diretora de ciência e tecnologia do Centro Nacional de Professores, em Israel. O trabalho desse centro é desenvolver os chamados ‘professores líderes’. Pessoas que treinamos para ensinar outros professores a implementar as mudanças estratégicas e curriculares.
Você sentiu a necessidade de trazer novas metodologias para o ensino de ciência? Quais são os problemas com o ensino tradicional dessa disciplina?
Não é que nós resolvemos todos os problemas, problemas são sempre problemas. Nosso cliente muda o tempo todo. Temos hoje novas crianças nascidas em um novo ambiente. O mundo mudou, a ciência mudou e nós tivemos que mudar.
Tivemos que mudar o currículo e desenvolver os professores. É um processo contínuo, não é uma revolução, mas uma evolução. Mas sempre há espaço para o desenvolvimento dos docentes. Não é algo que você possa fazer, terminar e começar outro projeto. Cada projeto feito deve ser acompanhado pelo desenvolvimento dos professores, já que eles são nossos embaixadores para as crianças.
Nada pode ser feito sem eles. Pode haver algum aprendizado independente, o computador, mas o professor sempre estará lá.
Quais são os maiores erros no ensino de ciência nas escolas?
Há tantas teses escritas sobre isso. Não poderia te dizer qual é o maior erro. O fato é que existem muitas pedagogias e algumas são melhores do que outras. O que a gente faz e foi convidado a fazer no Brasil é o LSS, que é “como ensinar e aprender ciência”. E a ideia principal é que a ciência não é apenas sobre conteúdo, mas sobre habilidades de alta ordem. Ou seja, a indagação, resolução de problemas, busca e o aprendizado. O que fazemos é mostrar como aprender. Isso é importante especialmente em ciências, onde as ideias mudam o tempo todo e o professor não pode enjaular o conhecimento.
É muito importante fazer isso explicitamente e acredito que o professor precisa explicar claramente. Ninguém leva seu filho a uma piscina pela primeira vez e espera que ele nade de repente. Ele não nadará. Ele pode flutuar, mas a maioria irá afundar. Então temos que ensinar a nadar, temos que ensinar a aprender.
Uma parte importante do programa é o desenvolvimento de habilidades. Como você define o termo "habilidade"?
Estamos falando de habilidades de alta ordem e se pode dizer que há várias dessas habilidades na ciência, que são as habilidades de investigar, procurar pela resposta, pensar criticamente, resolver um problema e, apenas aí, entra a habilidade e a possibilidade de aprender.
Em relação à habilidade para o aprendizado, subdividimos em algumas áreas-chave: obter e reter informação, escutar palestras científicas, assistir a filmes, ler criticamente livros de ciência e artigos científicos, escrever um relatório, escrever um artigo científico e representar e apresentar dados.
Nessa representação dos dados, lida-se com o visual, com gráficos, esquemas e ilustrações, que são muito importantes e requerem habilidades muito especiais.
Desenvolvemos metodologias de como ensinar essas habilidades.
Você acha interessante que os professores do ensino fundamental e do médio façam pós-graduação, cultivem uma formação mais generalista ou se concentrem em novas formas de ensinar?
Tudo isso! O professor deve se considerar um aluno para o resto da vida. Deve se desenvolver dentro da área que leciona, em outras disciplinas e também em pedagogia. Não é uma situação de escolha eliminatória, mas de juntar esses fatores.
Qual é a importância das aulas práticas? Qual deve ser a proporção entre elas e as aulas teóricas?
São imprescindíveis. O ensino de ciência é impossível sem laboratórios. É uma importante parte do aprendizado e pessoalmente acredito que todas as aulas de ciências devem ocorrer no laboratório, para que sempre que seja necessário fazer um experimento ou algo do tipo se tenha tudo à mão.
Existem diferenças no ensino de ciências e outras matérias? Por que algumas matérias assustam mais os estudantes?
A maioria das técnicas pode ser utilizada em praticamente todas as matérias. Mas há algumas habilidades que serão requeridas para a ciência em especial. A ideia é integrar o aprendizado das habilidades com o conteúdo científico e isso pode ser aplicado em qualquer área, mas nós lidamos com ciência, acreditamos em ciência e é o que fazemos.
Rafael Foltram
Ciência Hoje On-line / SP
Uma equipe de pesquisadores chineses encontrou o fóssil de uma criatura de 520 milhões de anos, apelidada de "cacto ambulante", que poderia ser o antepassado mais antigo descoberto até agora das atuais aranhas. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (25) pelos próprios pesquisadores.
A criatura, com dez pares de patas articuladas e seis centímetros de comprimento, se chama Diania cactiformis e é o primeiro elo perdido conhecido entre os vermes e os artrópodes. Ela teria habitado, segundo pesquisas, o fundo do oceano no que é hoje a província chinesa de Yunnan, próximo ao Himalaia.
"Os artrópodes são um dos grupos de animais invertebrados de maior sucesso entre os biólogos, e é muito lindo ter descoberto o que pode ser o animal mais primitivo desse grupo com patas articuladas", disse Jianni Liu, líder da equipe de pesquisa conjunta entre a Universidade de Freie na Alemanha e a do Noroeste da China, em Xian.
Para a pesquisadora, o descobrimento é importante “porque apresenta evidências de que os artrópodes evoluíram a partir dos lobopódios". Esses são os antepassados dos vermes, cujos registros fósseis remontam ao período Cambriano. Os corpos dos extintos lobopódios eram formados por segmentos diversos, e suas patas costumavam acabar em uma unha.
O fóssil da Diania cactiformis foi descoberto em 2006 durante uma prospecção no distrito de Chengjian, em Yunnan. As investigações chegaram à conclusão de que o animal poderia ser o membro mais evoluído dos lobopódios, ou mesmo o primeiro artrópode.
A doutora Liu acaba de publicar na revista Nature a tese na qual ela e sua equipe estiveram trabalhando, de que a Diania se deslocava a grande velocidade e saltava com agilidade, caractaerísticas dos aracnídeos. A equipe acredita que alguns dos apêndices da Diania evoluíram até se transformar em articulações que deram mais capacidade de sobrevivência aos artrópodes.
O tipo de relacionamento mantido entre homens e gatos pode estar mais próximo da relação inter-humana do que se pensava. É o que descobriram pesquisadores da Universidade de Viena. Segundo o estudo, publicado na revista especializada Behavioural Processes, a ligação entre gatos e seus donos depende diretamente da personalidade, sexo e idade de ambos, dos sentimentos pontuais e do tempo de convivência entre os dois - características verificadas nos relacionamentos entre seres humanos.
A pesquisa, desenvolvida na cidade de Viena entre 2005 e 2006, observou a relação entre 39 donos e seus gatos. Foram escolhidos todos os tipos de “amizades”: entre donos homens e gatos machos, mulheres e gatas, gatos e mulheres e homens e gatas. A maioria dos animais passava grande parte de seu tempo em casa, convivia bastante com o dono, e o tipo de relação era forte - “os gatos eram considerados amigos, membros da família ou ainda ‘filhos’ de seus donos”, diz o resultado de um questionário preenchido por cada participante.
Os pesquisadores descobriram que a relação entre os gatos e seus donos é baseada em um verdadeiro jogo de interesses; são relações complexas, em que há contribuições emocionais de ambos os lados. Por exemplo, se um dono faz carinho no seu gato quando este pede, depois terá “créditos” com o bicho, quase como se um devesse a retribuição do afago ao outro. E o gato irá recompensá-lo mais tarde.
Também constatou-se que o humor e a personalidade dos donos afetam a forma como o gato reage. Os animais conseguem sentir as variações de humor dos donos, e se recolhem ou se aproximam dependendo disso. Mas só dos donos. “Em nossos estudos, descobrimos que fatores como a abertura do gato às pessoas não são independentes”, diz a pesquisa. Embora não pareça, os bichos reagem de formas diferentes quando com estranhos.
Outros resultados mostraram que, curiosamente, gatos parecem se dar melhor com mulheres. “Nos relacionamentos com uma dona, o número de gatos que iniciam o contato físico é maior que nos relacionamentos de gatos com homens”, independente do sexo do animal. O estudo também aponta que donos neuróticos tendem a ter contato mais distante com seus bichos, ou seja, têm uma relação fria em que o gato sabe que aquela pessoa serve como provedor de alimento e não necessariamente o respeita. A idade e a personalidade do animal também influenciam a relação.
Os pesquisadores de Viena pretendem aprofundar os estudos após constatarem que os mesmos tipos de comportamento não são observados em gatos que são criados mais livres - animais que vivem em casas com jardins, por exemplo, e que passam mais tempo longe dos donos. Nesses casos, não foi constatado que fatores temporais, como o humor momentâneo do dono, pudessem ser levados em consideração pelo bicho. Ainda assim, eles estão seguros de que a relação entre dono e gato envolve certos tipos de interação que fazem um, de fato, entender o que o outro está sentindo, como antes só tinha sido verificado entre humanos.
A obsessão por músculos fortes e definidos por parte de alguns jovens no município de Boa Vista, levou a delegada titular do Núcleo de Proteção a Criança e o Adolescente (NPCA), Magnólia Soares da Silva, a fazer um alerta aos pais para que aumentem a fiscalização aos filhos sobre o uso de vitamina destinada animais por adolescentes.
O produto conhecido como Vit-ADE se tornou comum entre os jovens. A solução é injetável e de uso específico para animais. Segundo a delegada, a vitamina pode ser utilizada em várias espécies como bovinos, equinos, ovinos, caprinos e leitões. A medicação atua como estimulante do crescimento, engorda, fertilidade e lactação. Também na prevenção do raquitismo, osteomalácia (defeito na mineralização do osso, dor óssea e pseudo fraturas) e osteoporose. Na prevenção e cura de degenerações musculares e da cegueira noturna em animais.
A delegada informou que foi registrado um caso no NPCA envolvendo três adolescentes, sendo que dois deles são frequentadores de academia de musculação. “O alerta serve não somente aos pais, mas também aos proprietários de academias para que fiquem vigilantes. É que estes jovens aplicam o produto e em seguida vão malhar. Não temos registros de que possam estar utilizando o produto quando estão nas academias. Portanto, é preciso redobrar a vigilância, pois em caso de passarem mal é necessário prestar pronto atendimento”, disse.
Segundo a delegada, a mãe de um jovem desconfiou que o filho pudesse estar fazendo uso indiscriminado de algum produto para o ganho de massa muscular e procurou a Polícia. Com isso, foi identificado mais dois jovens que faziam o uso do produto.
Há informações que em outros estados brasileiros, foram registradas várias mortes de pessoas que utilizaram o produto. “Eles vinham aplicando o produto, que é intra-muscular para ganharem massa muscular. No entanto a auto-dosagem da vitamina é apropriada para animais e quando injetada em humanos o fígado terá dificuldades de processar essa alta dosagem, o que pode acarretar sérios problemas de saúde nestes jovens. Além do mais o uso de seringas não descartáveis é ainda mais agravante, pois podem ser contaminados por doenças como Hepatite e até mesmo HIV”, disse a delegada.
Magnólia Soares observou que a vitamina é vendida sem restrição no comércio e sem fiscalização. Disse que encaminhou documento à Promotoria de Saúde do Ministério Público, no sentido de obter informações se há restrição à venda do Vit-ADE no Ministério de Saúde e, se pode ser tomada alguma medida para restringir a venda indiscriminada da vitamina.
“Estes jovens podem até não apresentar nenhum mal estar no momento, mas não quer dizer que não venham ter seqüelas no futuro, uma vez que a vitamina é para uso de animais e não para humanos. O uso prolongado pode trazer sérias conseqüências para a saúde da pessoa e até a morte”, disse.
FOLHABV.
Manaus: prefeito manda moradora paraense morrer Segunda-Feira, 21/02/2011, 15:53:57 6 comentários Tamanho da fonte: A- A+ Manaus: prefeito manda moradora paraense morrer (Foto: Reprodução) (Foto: Reprodução) O prefeito de Manaus (AM), Amazonino Mendes (PTB), discutiu hoje com uma moradora de uma comunidade onde morreram uma mulher e duas crianças soterradas sob um barranco. O prefeito disse que as pessoas na comunidade Santa Marta, na zona norte da capital amazonense, ajudariam a prefeitura "não fazendo casas onde não devem", ao que uma moradora não identificada retrucou: "Mas a gente está aqui porque não tem condição de ter uma moradia digna". O prefeito respondeu: "Minha filha, então morra, morra". Depois, a moradora disse que, se era assim, "então vamos morrer todos", ao que o prefeito questiona sua origem. Quando ela responde ser do Pará ele encerra a discussão dizendo: "Então pronto, está explicado". A discussão foi ao ar na íntegra no da jornal TV Amazonas, filiada da Globo. A assessoria de imprensa da prefeitura não comentou o caso, mas disse que a Defesa Civil Municipal está cadastrando as pessoas na área de risco para providenciar casas alugadas. VAIAS Em 26 de novembro do ano passado, durante visita a Manaus do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mendes foi vaiado pela plateia. "Nunca na minha vida sofri esse tipo de constrangimento. Se o Amazonino não tiver a aprovação do povo, vocês vão ter outro prefeito, porque eu vou sair. Eu vou mandar fazer uma pesquisa e se for negativa eu renunciarei o meu mandato", disse o prefeito na ocasião. (Agência Estado)
Pesquisadoras oferecem um breve passeio pela história dessa ciência, que estuda a estrutura e a transformação das substâncias. O artigo é o primeiro de uma série que a CH vai publicar durante o Ano Internacional da Química, comemorado em 2011.
Por: Nadja Paraense dos Santos e Teresa Cristina de Carvalho Piva
Publicado em 21/02/2011 | Atualizado em 21/02/2011
Na imagem, produtos químicos em frascos iluminados com cores diferentes. A química, presente desde o início da civilização, é hoje um dos pilares do desenvolvimento econômico e tecnológico mundial. (foto: Joe Sullivan/ CC BY 2.0)
A palavra chemeia surgiu pela primeira vez por volta do século 4 e foi empregada por Olimpiodoro de Alexandria, o Velho (c.390-460). Etimologicamente, é possível detectar duas origens para o termo: uma egípcia, em que kimiya, que deriva de chemya, significa ‘negro’; e outra, oriunda do grego chymia (chimos), designando a arte relativa aos líquidos, aos extratos.
Nos dicionários, encontra-se geralmente a seguinte definição para o verbete química: “ciência que estuda a estrutura das substâncias, correlacionando-as com as propriedades macroscópicas, e se investigam as transformações destas substâncias”.
Mas, afinal, quando se fala de química, qual aspecto se deve destacar? O nível de organização da matéria? O resultado de uma transformação? O produto de uma reação? A fabricação de um objeto? Ou o princípio da criação da matéria em geral? Pode-se dizer que ‘tudo é química’.
Em consequência da impossibilidade de uma delimitação clara do campo dedicado à química, sua história deve ser entendida no contexto mais amplo, o da história da ciência.
O desenvolvimento material da civilização, tanto no Oriente quanto no Ocidente, foi acompanhado do progresso de procedimentos de natureza química para a obtenção de substâncias ou para sua purificação.
Processos de destilação, de fermentação, de redução e de extração eram conhecidos pelas civilizações do norte da África, do Oriente Médio, da China e da Índia. Nessa época, não se percebia a química como objeto de investigação, como ocorreu com a física. Mas isso não impediu, todavia, a formação de respeitável corpo de conhecimentos práticos.
Certas atividades, como a fabricação de sabão por hidrólise de ácidos graxos, a fermentação de açúcares, a produção de corantes e pigmentos, bem como de cerâmicas e vidros, além de técnicas metalúrgicas, já eram conhecidas nas civilizações pré-históricas. A química nessas atividades, porém, era considerada apenas um conhecimento essencialmente técnico.
Os filósofos pré-socráticos, que viveram na Grécia entre os séculos 7 e 5 a. C., foram os primeiros pensadores a fazerem especulações sobre a origem e a natureza da matéria, percebendo sua transformação e sua relação com o divino.
Uma das contribuições da ciência grega à química é o conceito de elemento. Filósofos, como Tales de Mileto (624-544 a.C.), Anaxímenes (585-525 a.C.) e Heráclito (540-480 a.C.), admitiam um princípio primordial único, enquanto Anaximandro (610-546 a.C.) concebia infinitos princípios.
Mas o conceito de elemento que teve maior significado foi o proposto por Anaxágoras (500-428 a.C.) e Empédocles (490-430 a.C.). Eles consentiram não só um número limitado de ‘raízes’, mas também que todos os objetos e os seres seriam compostos por diferentes proporções de terra, água, ar e fogo, unidos e separados por duas forças: amor e ódio (figura 1).
Aristóteles (384-322 a.C.) adotou a teoria dos quatro elementos como modelo para sua explicação da natureza, incluindo um quinto, a ‘quintessência’, o éter, que permeava a matéria. Ele se tornou um dos mais influentes filósofos gregos, e seus conceitos dominaram a filosofia natural por quase dois milênios após sua morte.
Para Aristóteles, há quatro qualidades da natureza: o calor, a umidade, o frio e a secura. Cada elemento (ou matéria primordial) é caracterizado por duas qualidades. Para exemplificar a teoria, vamos pensar como Aristóteles: o fogo teria as qualidades de ser quente e seco; já a água era qualificada como fria e úmida.
Como todos os materiais eram constituídos por esses quatro elementos em proporções variáveis – a conversão de um elemento em outro se daria pela substituição de uma qualidade por sua oposta –, era possível transformar uma substância em outra.
Nesse raciocínio, residiu a base teórica para a transmutação tentada pelos alquimistas – assim, o chumbo poderia ser transmutado em ouro.
Muitos séculos se passaram até se poder escrever a fórmula química da água como H2O!
Nadja Paraense dos Santos
Teresa Cristina de Carvalho Piva
Programa de Pós-graduação em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia, Instituto de Química
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Fonte:ciÇencia hoje
A Universidade de São Paulo (USP) demitiu um professor de farmácia do campus Ribeirão Preto investigado por plágio em uma pesquisa científica. A decisão foi publicada no Diário Oficial de São Paulo deste sábado (19) e passa a valer na segunda-feira (21). A instituição cassou ainda o título de doutorado de uma pesquisadora investigada no mesmo caso.
De acordo com reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” publicada neste domingo (20), a decisão do reitor da USP, João Grandino Rodas, foi tomada após recomendação de duas comissões internas. Ainda de acordo com a reportagem, o professor Andreimar Martins Soares, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, e a pesquisadora Carolina Dalaqua Sant’Ana podem recorrer da decisão na USP e na Justiça.
Em novembro de 2009, um grupo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) enviou reclamação formal aos editores de duas revistas científicas internacionais e à pró-reitoria de pesquisa da USP apontando cópia de conteúdo cometida por pesquisadores da instituição paulista.
Os trabalhos em questão são das áreas de bioquímica e farmacologia. O estudo copiado avalia o emprego de substância tirada de uma planta típica da Amazônia para tratar leishmaniose e foi publicado em 2003. O artigo acusado de plágio trata da aplicação contra o vírus da dengue de uma substância obtida de jararaca e foi publicado em 2008. Segundo a denúncia da UFRJ, houve plágio de imagens e de trechos do trabalho.
Entre os 11 autores do artigo estava a ex-reitora da USP, Suely Vilela, bioquímica e professora titular, desde 1996, do Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, campus de Ribeirão Preto. A ex-reitora não foi punida no caso.
A equipe de reportagem tentou contato com o professor Soares, mas a mulher dele, que pediu para não ser identificada, disse que ele não se pronunciaria neste domingo. A repórter não conseguiu contato com a pesquisa Carolina. A assessoria de imprensa da USP e o reitor João Grandino Rodas não atenderam as ligações da repórter.